Número de vagas no ensino superior cresceu 13% na região
O número de vagas ofertadas no ensino superior cresceu 13%, entre 2012 e 2016, nos 54 municípios do Oeste paranaense. Eram 30.586 e agora são 34.685. Os dados são do Boletim de Conjuntura Econômica Regional do Oeste do Paraná, com o tema educação, lançado pelo Observatório Territorial do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD).
A quantidade de faculdades também teve acréscimo de 5%, enquanto na média brasileira houve redução de 2,2%. O maior avanço foi de instituições públicas. Eram oito em 2012 e agora são 12. Foz do Iguaçu é a cidade com o maior número de faculdades da região: são 13 instituições, seguida de Cascavel, com 11, e Toledo, com seis estabelecimentos de ensino superior.
O documento com 191 páginas faz um panorama da educação em todos os municípios do território e compara com Paraná, Região Sul brasileira e todo o Brasil, desde a educação básica, média, profissionalizante e superior. Inclui o número e tipo de instituições, alunos matriculados, concluintes e também quantidade de docentes.
“Esses dados podem auxiliar a análise e o planejamento de instituições públicas e privadas do setor, estimular a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico da educação e possibilitar à sociedade um panorama sobre a área”, explicou o coordenador do boletim, Flavio Rocha.
O documento foi publicado pela Editora Parque Itaipu, da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), em parceria com o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) e o Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste/Toledo).
O boletim já está disponível no site www.oesteemdesenvolvimento.com.br, mas também será distribuído nas associações comerciais, universidades, prefeituras e cooperativas, com o objetivo de disseminar informações estatísticas sobre a Região Oeste.
Educação é o terceiro tema tratado pela publicação, que é lançada semestralmente. As últimas edições trouxeram dados sobre a produção agropecuária e os empregos e estabelecimentos do Oeste. Os próximos assuntos a ser pesquisados são saúde e aspectos sociais da região.
Segundo Rocha, a proposta do boletim é popularizar dados já existentes. “Essas informações estão disponíveis para o público, são gratuitas, mas muitas vezes as pessoas não sabem como acessar”, afirmou. A linguagem utilizada, de acordo com ele, também é simplificada e visualmente mais atraente.
Ensino superior
O número de estabelecimentos de ensino superior na região cresceu 5%. Eram 43 em 2012 e 45 em 2016. Também avançou o total de vagas ofertadas: de 30.586, saltou para 34.685. Em contrapartida, o número geral de ingressos diminuiu 2% (18.586 em 2012 e 18.276 em 2016).
“Essa queda não foi mais acentuada graças ao aumento das instituições públicas. Elas eram 43; hoje, são 46, diferente da média da Região Sul do Brasil. Somente os estabelecimentos privados registraram aumento, embora tenha sido pequeno (3%)”, informou a professora Sabrina Kerkhoff, uma das coordenadoras do estudo. No Brasil, o número de estabelecimentos de ensino caiu 2,2%
Embora Foz do Iguaçu tenha o maior número de estabelecimentos de educação superior, Cascavel supera em calouros. Foram 6.835 novos acadêmicos, contra 5.359 em Foz. Em Toledo, 2.682.
A quantidade de formandos em Cascavel também superou Foz em 2015, pois foram registrados 3.885 concluintes, e em Foz, 1.667. Em Toledo, o ano de 2015 terminou com 939 formandos. “Vale destacar que dos 54 municípios integrantes do POD, apenas 13 possuem oferta de ensino superior”, disse Sabrina.
Educação básica
O número geral de matrículas na educação básica reduziu em 2% na região do programa. Em 2012 foram efetuadas 300.240 matrículas; e em 2016, 295.054.
O ensino fundamental retraiu 5% (de 189.353 para 180.402). O ensino médio foi a etapa com maior índice de redução, atingindo queda de 9% (de 62.758 em 2012 para 57.267 em 2016).
Na educação básica (infantil, fundamental e médio) havia 2.149 escolas na Região Oeste; em 2016 eram 2.181.
Quanto ao número de instituições que ofertam ensino para jovens e adultos (modalidade EJA), houve redução de 50% no período. Caiu de 279 para 139.
Já a educação especial registrou avanço de 14%, passando de 799 para 908 estabelecimentos.
Os municípios com maior crescimento quanto ao ensino médio foram Boa Vista da Aparecida, com 18%, indo de 334 em 2012 para 394 em 2016; e Ouro Verde do Oeste, com 12% (de 202 para 227 matrículas).
As maiores reduções de matrículas no ensino médio foram nos municípios de Brasilândia do Sul, com queda de 37% (de 160 em 2012 para 101 em 2016), e Iracema do Oeste, 36% (de 118 para 76). Toledo registrou queda de 14%; Foz do Iguaçu, de 8%; e Cascavel, de 5%.