Parque das Aves amplia proteção a espécies ameaçadas
Sinônimo de conservação de espécies e educação ambiental, o Parque das Aves é o segundo atrativo turístico mais visitado de Foz do Iguaçu. A cada ano, quase 800 mil pessoas, de todas as partes do mundo, visitam o espaço, onde estão abrigados cerca de 1.400 animais, de mais de 150 espécies. O parque possui o maior viveiro de voo livre de araras do mundo.
Após 23 anos de atividades, o Parque das Aves decidiu concentrar sua atuação estratégica na proteção das 107 espécies da Mata Atlântica que estão em perigo de extinção. O espaço foi transformado em Centro de Conservação Integrada de Aves da Mata Atlântica, iniciativa de referência nacional em defesa de aves.
O objetivo é contribuir para evitar o desparecimento de espécies como a pombinha pararu-espelho. Diversos especialistas em Mata Atlântica de todo o país se reuniram no Parque das Aves recentemente para elaborar estratégias de conservação para as 107 espécies em risco de extinção, dentro de um Plano de Ação Nacional (PAN), que agora o parque integra.
Conforme a CEO do Parque das Aves, Carmel Croukamp, o objetivo da instituição é posicionar-se para ser uma rede de segurança às espécies ameaçadas da Mata Atlântica. “Vamos prestar atenção especial em espécies sem amparo, principalmente as que estão muito próximas da extinção, que não têm muitos amigos”, frisa.
Ações de proteção
A reunião do PAN (que envolveu pesquisadores, representantes de ONGs, do governo e de órgãos estaduais relacionados ao meio ambiente) teve encaminhamentos muito importantes. O parque promoverá, por exemplo, pesquisas e estudos que determinarão a necessidade de reprodução, sob cuidados humanos, de algumas espécies.
“Saímos do encontro como articuladores de ações como a avaliação da necessidade de programas de reprodução fora do lugar de origem de espécies ameaçadas de Mata Atlântica”, enfatiza. A proposta é auxiliar iniciativas sobre a modelagem de distribuição das espécies para identificação de áreas de revigoramento populacional ou reintrodução.
Bioma a ser preservado
As mudanças no Parque das Aves estão sendo implantadas desde o início do ano. Em julho, 70% das aves a que os visitantes tinham acesso eram de Mata Atlântica. Hoje, esse número é de 85% e a meta é elevá-lo a 95%. “Estamos construindo aventuras incríveis, viveiros que serão os maiores do mundo em sua classe e permitirão interações inéditas com aves de Mata Atlântica”, conclui.
Reconhecimento internacional
O trabalho mantido pelo Parque das Aves em defesa das espécies ameaçadas resultou no Prêmio Hediger 2017, concedido para a fundadora da instituição, Anna Croukamp. Ela recebeu a premiação em Berlim, capital da Alemanha, durante a 72ª Conferência da Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA), realizada em outubro.
O prêmio é entregue todos os anos a líderes da comunidade mundial de zoológicos e aquários. A homenagem a Anna Croukamp reconhece seu trabalho na criação do maior parque de aves da América Latina. Croukamp ajudou na concepção do projeto de conservação do papagaio-verdadeiro e contribuiu em vários planos nacionais para a conservação de espécies ameaçadas.
Parque das Aves
Centro de Conservação Integrada de Aves da Mata Atlântica
Avenida Cataratas, 1.250 – Foz do Iguaçu
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