Desenvolvimento econômico e territorial do Oeste do Paraná ganha novo impulso
O Programa Oeste em Desenvolvimento pretende acelerar ainda mais a dinâmica econômica regional e multiplicar as oportunidades de renda e emprego
Uma das regiões mais promissoras do Brasil, conta agora com o respaldo técnico de uma metodologia inovadora, que pretende acelerar ainda mais os bons indicadores e multiplicar as oportunidades de renda e emprego da região. É o Programa Oeste em Desenvolvimento, lançado em agosto deste ano. Seu diferencial está na governança participativa, com a cooperação entre os atores públicos e privados para a implementação de uma estratégia de desenvolvimento integrada.
São parceiros desse programa a Itaipu Binacional; Fundação Parque Tecnológico Itaipu; Sebrae/PR; Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop); Coordenadoria das Associações Comerciais e Industriais do Paraná (Caciopar); Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O foco é atrair novos parceiros e apoiadores para o Programa, se caracterizando como um planejamento participativo territorial e superação dos gargalos regionais.
A atuação é realizada por meio da hierarquização das principais cadeiras produtivas e de eixos estruturantes de base territorial, tecnológica e inovadora eleitos por meio de levantamento de dados do perfil socioeconômico e demográfico-empresarial da região Oeste do Paraná. A proposta é estabelecer estratégias de desenvolvimento nos 54 municípios contemplados na mesorregião do Paraná, tornando o ambiente favorável para a criação e a evolução dos negócios, de modo sustentável, por meio de acesso a novas tecnologias e mobilização para a inovação.
O planejamento do território Oeste será construído de forma integrada com a sociedade, instituições públicas e privadas, empresas, universidades e centros de pesquisa, entre outros atores. A integração permitirá encontrar soluções para viabilizar projetos e criar efeitos multiplicadores.
Atividades propulsivas
O Oeste é uma região de produção diversificada e conta com um conjunto amplo de atividades propulsivas como produção graneleira, pecuária, fármacos, turismo, material de transporte, logística, madeira-celulose-mobiliário, entre outras. Entretanto, algumas destas atividades apresentam capacidade propulsiva maior do que outras. O reconhecimento da capacidade de propulsão depende da identificação de relações de encadeamento e integração das distintas atividades no território.
Além desses fatores, a priorização para o início dos trabalhos do Programa Oeste em Desenvolvimento ainda levou em conta a capacidade de geração e distribuição de renda das cadeias presentes no território, sendo selecionadas as seguintes: material de transporte, turismo, agroalimentar e proteína animal: frango, suíno, leite e peixe.
Com o apoio de câmaras técnicas, que pensarão cada setor de forma específica, a proposta será gerar mais renda, mais oportunidades de trabalho e também novos negócios.
Parcerias
A união das diversas entidades que compõem o Programa Oeste em Desenvolvimento foi destacada pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que apontou a sinergia entre empresas, cooperativas e instituições públicas e privadas como um dos diferenciais da região. “Essa é uma grande iniciativa, que parte de um diagnóstico bem elaborado e da organização dos atores locais para, juntos, desenvolver o território”, ressaltou.
“Este é um momento único para a história do Oeste. Estamos vivenciando o começo de um processo que vai tornar o Oeste ainda mais forte e pujante”, ressaltou o presidente da Caciopar, Sérgio Marcucci. Já o diretor-superintendente Vitor Tioqueta, “o Oeste já mostrou o que pode fazer e potencializar esse desenvolvimento trará ainda mais resultados para a região”.
A ACIFI também está comprometida com o programa. Para o presidente João Batista de Oliveira a atuação conjunta fortalece a região. “Vamos trabalhar muito para que Foz e os demais 53 municípios tenham condições de incrementar ainda mais os seus indicadores socioeconômicos e que os empresários compreendam cada vez mais que o associativismo é uma ferramenta capaz de gerar emprego e renda”, pontuou.
Características locais
Evidenciando as potencialidades e aptidões existentes, que serão identificadas em conjunto com lideranças locais, o Programa Oeste em Desenvolvimento organizará o território para atender as necessidades de municípios que fazem parte de uma mesma microrregião. Desta forma, eles passarão a compartilhar de um fator que seja considerado alavancador de desenvolvimento.
O desenvolvimento do território levará em conta as características locais, para fortalecê-las. Por isso, a delimitação do território permite que sejam consideradas características específicas da região. São analisadas a capacidade de intervenção, o nível de desenvolvimento do capital social, o estado de articulação da rede institucional e as políticas de incentivo existentes no território.
A ação, denominada desenvolvimento endógeno, compreende o processo de crescimento econômico com base na melhoria e ampliação da capacidade de produção local e regional, utilizando os recursos disponíveis no território. Será com base no levantamento de dados socioeconômicos, ativos tecnológicos e da sinergia dos atores institucionais da região, que o programa Oeste em Desenvolvimento possibilitará potencializar as cadeias produtivas dos setores estratégicos.
De acordo com o presidente do Programa, Mario Costenaro, é responsabilidade de todo o setor produtivo a participação e o protagonismo no processo de planejamento e efetivação das ações voltadas ao desenvolvimento do território Oeste. “A compreensão da necessidade de garantirmos a consolidação de um ambiente regional com desenvolvimento sustentável motiva o Programa Oeste em Desenvolvimento. Esta motivação é ampliada quando ocorre sinergia de ações de entidades e empresas num trabalho focado em definições e priorizações de estratégias integradas”, disse.