Juntos, eles se tornam mais fortes
Núcleo de Comunicação
Emissoras de televisão e de rádio, jornais, revistas, agências de publicidade e empresas de outdoor formam o Núcleo de Comunicação. O grupo é composto também por publicitários, jornalistas, fotógrafos, designers, redatores e agentes de mídia social. As empresas realizam ações como eventos, workshops, pesquisas, bate-papos para troca de experiências e visitas técnicas a mercados de outras regiões.
Coordenador do Núcleo de Comunicação, o publicitário Luciano Tita ressalta que o objetivo é unir as pessoas interessadas em articular ações a favor do fortalecimento do setor, gerando novos negócios e buscando a profissionalização e a ética em sua prática no mercado, tornando este um reflexo positivo aos clientes dessas empresas.
Os comunicadores tiveram um ano bem ativo em 2014, com a realização de um seminário empresarial voltado para o setor, concluíram e aprovaram o regimento interno, ampliaram a divulgação das ações do núcleo, promoveram várias edições do Papo de Galo (uma confraternização de profissionais de comunicação, acompanhada de apresentações temáticas).
Os membros do grupo também dedicaram boa parte do ano para idealizar o Festival Iguassu de Comunicação (FIC), programado para ser realizado nos dias 17 e 18 de abril de 2015 em Foz do Iguaçu. “O FIC vai contribuir para a profissionalização do mercado, a fim de tornar comum a prática de valores justos e a geração de excelentes resultados, transformando o setor em referência no interior de nosso estado”, afirmou Tita.
Núcleo de Confecções
Pequenas e médias empresas do setor de confecções têm muitos problemas em comum: formação de mão de obra, dificuldade na negociação com fornecedores, acesso restrito ao crédito, falta de ferramentas de gestão empresarial, entre outros. Em abril de 2013, firmas do ramo em Foz do Iguaçu descobriram que as soluções também podem ser compartilhadas e criaram um núcleo setorial. “Identificamos o desejo comum de desenvolver nossas empresas por meio de parcerias e a qualificação da mão de obra”, declarou o coordenador do núcleo, David Carvalho.
O núcleo é formado por 13 empresas que atuam em sete segmentos: uniformes escolares, confecções esportivas, cortinas, colchas, enxovais para bebê, modas pet, íntima e praia. Juntas, produzem cerca de 80 mil peças e faturam em torno de R$ 800 mil por mês ao vender para 18 estados brasileiros. O núcleo da Indústria de Confecções é responsável pela geração de 250 empregos diretos e neste ano ganhou uma identidade visual e passou por workshops e treinamentos.
As empresas doaram uniformes para alunos de uma creche no Porto Meira, e uma das palestras do ano foi com Eugênio Rossato, empresário de sucesso de moda bebê de Terra Roxa. Para colocar as ações em prática, o núcleo conta com a parceria do Sebrae/PR, Unioeste e UDC. O Codefoz apoia a viabilização do polo têxtil e a implantação da escola técnica.
Núcleo do Distrito Industrial
Transformar o distrito de hoje em um polo industrial desenvolvido e sustentável. Esse é o objetivo do Núcleo do Distrito Industrial, que neste ano focou suas atividades para reforçar a segurança na região, resolver o problema das águas fluviais, implantar linhas de transporte coletivo para facilitar o deslocamento dos trabalhadores e estabelecer acessos às principais vias.
Conforme seu coordenador, Marco Roberto Casagrande, o grupo começou reduzido, mas já conta com dez empresas do Distrito Industrial. “Foz do Iguaçu tem grande vocação turística, mas também grande potencial industrial. Temos que desenvolver ações para incentivar a formação de trabalhadores e empresários no ramo industrial”, disse.
Casagrande relaciona outras ações visando transformar o distrito num polo regional, como a busca por soluções para internet e telefonia, bem como o acompanhamento do Plano Municipal para o Distrito, com adequação das empresas aos contratos. Com apoio do Codefoz, o núcleo tem auxiliado as empresas na regularização dos seus contratos.
“Além de realizar treinamentos trimestrais, temos a proposta de promover o curso gratuito ‘Bom Negócio Paraná’, que serão quatro módulos, totalizando 66 horas. A capacitação está prevista para começar em fevereiro de 2015.”
Núcleo de Eletricistas
Os principais objetivos do Núcleo de Eletricistas é a capacitação laboral, a divulgação dos profissionais e a conscientização dos trabalhadores e clientes quanto à importância da segurança no setor para evitar acidentes de trabalho, principalmente no que diz respeito à NR10 (norma regulamentadora para segurança em instalações e serviços em eletricidade), afirma seu coordenador, Ronaldo Fonseca.
“Temos que valorizar a vida e evitar mortes no setor, por isso é preciso despertar na população a importância de prestigiar o profissional treinado”, disse. Para divulgar os nucleados foi produzido um fôlder impresso com os dados de contato de 11 profissionais. O material é distribuído em eventos estratégicos e por mala direta. “Unidos, hoje temos respaldo e representação institucional no município”, completou.
Outra importante ação foi o Seminário Energias Renováveis como Vetor do Desenvolvimento do Oeste do Paraná, que teve o objetivo de debater alternativas limpas para o desenvolvimento da região. E, como acontece sempre, este ano foi realizada mais uma edição do Curso de Reciclagem de NR10 – Senai. “Fazemos muitos outros cursos, como gestão, de eletrônica, de informática, internet, de caixa familiar e empresarial”, contou.
Também foi realizada palestra sobre o diferencial da automação residencial, com apresentação do conceito de automação, aplicações práticas, cenário nacional (valorização de imóveis, tendências de mercado), critérios para projeto e execução, custos e viabilidade. Para 2015, já está programado um novo curso de automação em parceria com o Sebrae.
Núcleo das Imobiliárias
Unir forças foi uma saída inteligente para imobiliárias locais e desmitificou a ideia antiga de que o concorrente é sempre um inimigo. O aprendizado tem se mostrado bastante eficaz com a organização de empresas de venda, locação e incorporação de imóveis. A estratégia dos empresários e profissionais do setor está na gestão, mercado, inovação e sustentabilidade. O grupo decide em conjunto ações que atendam a demandas específicas do segmento. Neste ano, eles optaram por palestras sobre marketing imobiliário e indicadores da construção civil.
Juntos, eles conseguem realizar a Feira de Imóveis, em parceria com o Programa Sebrae Obra Nota 10 e o Secovi, e promover capacitação aos gestores e colaboradores. A próxima será em 2015 com a equipe da Dale Carnegie Training, especializada em treinamento e desenvolvimento de pessoas.
O mercado imobiliário em Foz do Iguaçu permanece em alta. Embora o aquecimento esteja mais brando, a coordenadora do Núcleo de Imobiliárias, Vilma Ultchak, avalia que o cenário segue favorável. “Há um grande potencial em imóveis de alto valor para futuros empreendimentos tanto na área de turismo como na área de loteamentos e condomínios”, frisou.
Segundo ela, é inegável o ganho que a união trouxe ao grupo. “Todos os problemas que temos particularmente em cada empresa dividimos uns com os outros e, assim, achamos soluções em conjunto. Da mesma forma, os acertos e experiências positivas também são compartilhados”, observou.
Núcleo de Livrarias e Sebos
Uma das principais ações do Núcleo de Livrarias e Sebos é apoiar estrategicamente a realização da Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. O evento é promovido pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Fundação Cultural e da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Itaipu Binacional, entre outras instituições públicas e privadas.
Os empresários participam de todo o processo de construção do evento, afirma o coordenador, Ernani Brito. Também têm papel fundamental para garantir a continuidade da essência do projeto de um governo para outro, sem correr risco de o encontro literário sofrer descontinuidade. A parceria entre poder público e iniciativa privada tem dado tão certo que o setor já planeja organizar uma feira semelhante em Santa Terezinha de Itaipu no próximo ano.
O núcleo promove outras ações para incentivar a leitura na comunidade. Entre elas estão a Feira Itinerante nos Bairros, participação na Virada Cultural, contação de histórias em escolas, bem como capacitação dos trabalhadores e empresários. “Incentivamos, ainda, a difusão do Vale-Cultura na cidade, que as empresas podem fornecer a seus trabalhadores. Muitas empresas se enquadram e poderiam oferecer esse benefício para os seus colaboradores”, explicou.
Núcleo de Metalúrgicas
O Núcleo de Metalúrgicas existe há quase uma década e é com muito orgulho que os participantes dizem que o grupo é referência no Oeste do Paraná. De tão bem estruturado, ele serve de modelo para implantação de núcleos em outras cidades. No ano passado, o Núcleo de Metalúrgicas de Foz foi um dos 94 projetos selecionados em todo o país no Programa Empreender Competitivo,
promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em parceria com o Sebrae. Assim, foi possível a viagem para Hannover e Düsseldorf, na Alemanha, em 2014.
“Quando começamos jamais poderíamos imaginar que fôssemos tão longe”, afirmou Mário Moroginski, da Metalúrgica Laranjeiras. Com ações consistentes e estruturadas, dez anos depois os participantes ainda estão tão empolgados quanto no início e também mais unidos do que nunca. São oito empresas do mesmo segmento, e uma apoia a outra. “Concorrentes podem conviver em harmonia e melhorar suas empresas e, por consequência, o desempenho do segmento”, apontou o coordenador, Rudney Lopes Vargas.
O espírito associativista é essencial para que o modelo funcione. O concorrente passa a ser parceiro e todos ganham em competividade. A Digital Plus é associada ACIFI há sete anos, desde que Irineu Szadura entrou para o grupo. “Se não fosse o núcleo, talvez minha empresa nem existisse mais”, concluiu o empresário.
Tecnologia da Informação
Criado em 2012, o Núcleo de Tecnologia da Informação reúne oito empresas com o objetivo de ser referência regional no setor. Elas têm buscado representatividade com ações de fomento e geração de conhecimento e negócios para as empresas nucleadas. Campo para isso há. “Não é por acaso que existem cursos na área em cinco universidades e faculdades na cidade, além da previsão de mais um no próximo ano”, contou Luciano Cardoso.
Entre as ações desenvolvidas neste ano, destaque para o projeto de viabilidade do Programador Nota 10, projeto de lei ISS Tecnológico, missão técnica para São José dos Campos, capacitação MPS (Melhoria de Processo do Software Brasileiro), campanha de coleta do lixo eletrônico, capacitação ConectaDel, e palestras para acadêmicos incentivando tecnologia da informação.
Durante o ano, os membros também acertaram ações internas, como formalização de estatuto e regimento, e divulgação das atividades nas redes sociais. Os participantes têm participação decisiva na elaboração da lei municipal para o incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, que está pronta para ser analisada pelos vereadores. “A lei está formada conforme nossos interesses”, afirmou o empresário Gilmar Gilson Garzella.
Conselho Jovem Empreendedor
Os jovens empresários têm espaço no Cojefi e, por sua vez, o Cojefi também contribui para a formação de novos líderes. No conselho estão os empreendedores de hoje e de amanhã. Por serem de diferentes ramos, cada participante tem muito a colaborar e, principalmente, a aprender. Há engenheiro, jornalista, arquiteto e administrador, só para citar alguns. Além do bê-á-bá da gestão empresarial, neste ano foi realizado um curso sobre leis e obrigações trabalhistas, e outro mostrou como manter a equipe motivada. Nas reuniões, cada participante tem a oportunidade de apresentar o seu trabalho.
Em novembro, os integrantes foram buscar inspiração na Feira do Empreendedor no Rio de Janeiro e voltaram entusiasmados com as possibilidades de mercado e por ampliar seus conhecimentos e suas redes de contato.
Na avaliação do coordenador, Bruno Chamorro, o conselho evoluiu nos últimos anos e conseguiu encontrar o seu foco. Segundo ele, a atuação está baseada na liderança, representatividade, captação e geração de negócios. “Os participantes estão mais engajados, e esse envolvimento permite ações melhores e a geração de mais negócios entre o próprio grupo”, observou.
Conselho da Mulher Empresária e Executiva
Até o início de 2014, a Auto Peças Brasil não era associada, mas Adeleide Santos decidiu filiar sua empresa à ACIFI ao conhecer o Conselho da Mulher Empresária e Executiva. O mesmo aconteceu com Viviane Rochembach, da Vivi Shoes. Ao reunir-se com empresárias de diferentes segmentos, elas passaram a viver os conceitos do Empreender na prática. A participação contribui para fortalecer as empreendedoras na tomada de decisões do dia a dia. “A gente interage, fala dos problemas e amadurece muito ao participar”, assegurou Edna Oliveira, da Joart.
Ações que promovam o desenvolvimento dos negócios vêm sendo cada vez mais incentivadas, de acordo com a coordenadora, Graci Braga. Uma das mais recentes foi a missão técnica ao Uruguai. Em Montevidéu, elas tiveram a oportunidade de participar de um seminário com líderes femininas do Chile, Argentina e Uruguai.
“Um dos nossos objetivos é conhecer modelos de empreendedorismo que possam contribuir com a melhoria da gestão dos nossos negócios, especialmente nas micros e pequenas empresas”, destacou Graci. O plano para 2015 é investir em integração empresarial e com a comunidade.