Edição #9

3 perguntas para Leila Navarro

Em entrevista à Revista ACIFI, antes de sua apresentação como convidada no Ciclo de Palestras 2015, ela contou sobre sua carreira e, como fã de Madre Tereza de Calcutá, disse que em suas palestras está a serviço do outro.

_MG_0956_Se você ainda não assistiu a uma palestra de Leila Navarro ou a um dos seus vídeos em seu canal no YouTube, prepare-se porque ela não tem absolutamente nada a ver com os palestrantes profissionais espalhados por aí. Dona de um estilo próprio, enquadra-se na categoria irreverente e se destaca. Não se espante se estiver na plateia e ela sentar no seu colo enquanto conta uma de suas muitas histórias de vida e piadas que nos ensinam e provocam o cérebro fazendo-nos pensar.

Leila já passou dos 60 e tem fôlego de menina. Acumula 16 anos como palestrante e tem 15 livros publicados. Convidada para programas de televisão, cruzou de norte a sul e já pisou em todos os estados do Brasil. Também foi requisitada para falar na Espanha, México, Peru e outros países da América Latina.

São em média 120 palestras por ano e, se a conta não a trai, de 1999 até os dias de hoje foram alguns milhões de espectadores. Nessa trajetória, já viveu experiências fantásticas, desde falar para 37 pessoas até para seis mil vendedores numa convenção.

Como você começou sua carreira?

Comecei de uma virada que deu na minha vida. Fui para os Estados Unidos fazer um curso e quando voltei para o Brasil tinha que dar pequenas palestras para explicar sobre esse aprendizado na área de coaching, que estava ligado à qualidade de vida. Aí comecei a ver que eu era boa nisso, e as pessoas começaram a me contratar para dar palestras. Sem querer, acabei virando o jogo. Não sabia que poderia ser uma palestrante profissional, mas percebi desde o início que poderia fazer isso de um jeito mais leve e com irreverência. Descobri que posso ser mais ousada e extravagante. O mundo mudou, e nós temos que sair da caixa, e nesse momento de crise que estamos vivendo é que a gente precisa se renovar e se reinventar. Na vida tem que ter jogo de cintura, então haja bambolê.

Leila (4)Quantas palestras você tem no seu currículo?

Meu trabalho é enriquecedor e fantástico. Faço uma média de 120 palestras por ano e, em 16 anos de carreira, já vivi experiências fantásticas, desde falar para 37 pessoas até para uma convenção com seis mil vendedores. O público é diversificado. Fiz palestras para agentes penitenciários, em igreja, em circo e até palestra no meio do pasto para uma cooperativa de leite. O que chama a atenção é o grande número de mulheres presente nas minhas apresentações, o que é interessante porque eu falo para homens e para mulheres. Aliás, gosto muito quando o público é misto. Talvez a explicação esteja no fato de que me tornei uma profissional bem-sucedida e sou irreverente ao mesmo tempo. O modelo de sucesso empresarial é um modelo masculino. Sou de uma época em que as mulheres foram criadas para serem esposas, para ficarem atrás, e de repente a mulher hoje é executiva, está à frente de várias situações e ela pode ser tudo isso sem perder a doçura e a generosidade. Esse é o grande exercício, exercer a liderança e se conservar feminina, ter a liberdade de fazer escolhas e ter autoridade sem ser autoritária. Então, creio que as mulheres ficam sabendo de mim pela internet ou pela televisão e têm a curiosidade de saber mais sobre mim. Entro no auditório descalço, sento no colo dos homens, e as mulheres querem saber como é que é isso, que mulher é essa.

Qual sua inspiração?

Tenho grande admiração por Madre Teresa de Calcutá, pois essa mulher serviu como ninguém, e ao dar palestra estou a serviço do outro com o meu conhecimento, usando toda minha experiência para poder ajudar as pessoas a encontrar o melhor delas; até porque eu acredito que felicidade se aprende e se escolhe. Ajudo as pessoas a perceberem que são únicas. Quando você entende isso, automaticamente passa a respeitar o outro, que também é único.  Procuro mostrar que as pessoas escolhem ser felizes, escolhem ser ricas e ser poderosas. Você pode ter tudo isso desde que tenha autoconfiança, autodisciplina, autoestima, autoconhecimento e autoconsciência. Você tem que estar muito bem com você porque a gente só dá o que tem.

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